De acordo com relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), no dia 23 de janeiro, 2017 será, enfim, o ano da estabilização da economia brasileira.
Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental da instituição, afirmou que a perspectiva de alta de 0,2% da economia no Brasil pode, estatisticamente, ser maior ou até ter um pequeno sinal negativo, mas que o país está claramente em um momento diferente do vivido nos últimos dois anos.
“Se isso se manifestará em um crescimento de 0,2%, de 0,4% ou de -0,1%, é uma questão estatística. Mas, do ponto de vista qualitativo, estão sendo implementadas as medidas corretas”, afirmou o executivo. “Acreditamos que 2017 será o ano em que a economia brasileira se estabiliza”, completou Werner.
O Fundo espera que o país registre uma alta de 0,2% no PIB neste ano, um valor menor que os 0,5% projetados em outubro. A redução ocorreu por resultados piores em 2016, com a recessão sendo mais resistente que o imaginado.
Mas diversos dados, como inflação em baixa, fim da queda do consumo, recuperação do investimento e taxa de câmbio estável, indicam que há uma mudança.
O fraco crescimento previsto para o Brasil neste ano (0,2%) e para 2018 (1,5%) fará com que o país tenha o segundo pior desempenho na América Latina entre as grandes nações, segundo o FMI, ficando atrás apenas da Venezuela, que vive grave crise política, econômica e social há alguns anos e deve ver seu PIB cair mais 6% neste ano e 3% em 2018.
Segundo o Fundo, o prolongamento da recessão no ano passado e os elevados desemprego e nível de endividamento pioraram as previsões de crescimento do Brasil.