A curadora do Núcleo Transformação Energética – Hidrogênio da BW Expo (Hidrogênio verde), Summit e Digital 2020, Monica Saraiva Panik, explicou que a tendência mundial é que novos investimentos serão direcionados em favor de sistemas de energia renovável e biocombustíveis, e o hidrogênio verde se tornará mais valioso do que os combustíveis fósseis, devido ao redirecionamento da demanda mundial em sua trajetória focada no cumprimento das metas do Acordo de Paris.
Para cumprir as metas definidas no Acordo de Paris e limitar o aumento da temperatura do planeta, Erwin Franieck, mentor de pesquisa e desenvolvimento e inovação SAE Brasil, declarou que as soluções e tecnologias limpas precisarão entrar de forma mais ativa e rápida no mercado.
“As tecnologias “Bio to Hydrogen” abrem novas perspectivas para o Brasil e principalmente para as usinas sucroalcooleiras que possuem uma indústria e infraestrutura consolidada e já produzem etanol, biogás, bio-resíduos e biodiesel em larga escala”
Conforme enfatizou Monica, o hidrogênio não compete com os biocombustíveis, mas sim ser um de seus subprodutos, ampliando a gama de negócios, expandindo o mercado e promovendo a inovação tecnológica.
Sobre o etanol, Daniel Lopes, sócio e diretor da Hytron, mostrou que a produção de hidrogênio verde a partir desse combustível é bastante vantajosa, uma vez que um equipamento da empresa consome 7,61 litros de etanol para a produção de 1kg de hidrogênio, consumindo 18 litros de água e dez vezes menos energia do que o processo de eletrólise da água.
Para aplicação automotiva, Lopes afirmou que a mobilidade em todas as suas formas – veículos leves, pesados, marítimo, ferroviário, entre outros – tende a ser elétrica porque há mais eficiência e menos poluição. Com isso, serão necessárias tecnologias complementares para prover seu funcionamento, como é o caso do hidrogênio.