Os emplacamentos de veículos, no primeiro quadrimestre do ano, fecharam em alta de 15,39%, na comparação com o mesmo período de 2020.
Com os bons resultados de motos e comerciais leves, no mês de abril, os emplacamentos de veículos, no primeiro quadrimestre do ano, fecharam em alta de 15,39%, na comparação com o mesmo período de 2020. “Com base nesse percentual, que está muito próximo das projeções iniciais que a FENABRAVE havia feito, em janeiro, para todo o ano de 2021 (crescimento de 16%), decidimos não revisar as projeções”, afirma o Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior.
O mês de abril (20 dias úteis) teve aumento de 6,73% nos emplacamentos, totalizando 288.098 unidades, contra 269.927, registradas em março/2021 (23 dias úteis). Esse saldo positivo pode ser atribuído ao desempenho de vendas de motocicletas, que cresceram 52,03%, em abril.
“Havia um represamento, no segmento de motos, que pôde ser atendido com o aumento da produção, e isso provocou uma certa distorção, pois notamos que a maior parte dos segmentos ainda sofre queda nas vendas, pela escassez de produtos, provocada pela falta de componentes e insumos na indústria e, também, em função dos períodos de fechamento dos showrooms das Concessionárias, durante os feriados estendidos, em São Paulo, e demais decretos de restrição do comércio, em outros estados”, analisa Assumpção Júnior, que alerta: “Se desconsiderarmos os resultados de motocicletas, o setor, no geral, teria sofrido uma queda de 6,86%, em abril sobre março/2021”.
Transações de usados em queda
As transações de veículos usados registraram queda de 9,61%, em abril, na comparação com março, totalizando 1.119.047 unidades, contra as 1.238.073 unidades negociadas no mês anterior. No acumulado de janeiro a abril de 2021, foram negociados 4.706.004 veículos usados, alta de 41,70% sobre o mesmo período de 2020, que somou 3.321.191 unidades.
O destaque negativo fica por conta da perda de participação de São Paulo nas transações, após o aumento da alíquota do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre veículos usados, no estado, que passou de 1,8% para 5,53%, em 15 de janeiro/2021 e, mesmo depois da redução da alíquota, para 3,9%, em 1º de abril, o estado continua perdendo espaço, em relação a outros mercados do País.
“Enquanto o mercado nacional retraiu 9,61%, em abril, o paulista apresentou queda de 19,94% sobre o mês de março. Com isso, a participação de São Paulo no mercado nacional caiu 3,06%, passando de 31,46%, em março, para 27,86% em abril”, explica o Presidente da FENABRAVE, Alarico Assumpção Júnior, que alerta: “Essa perda de mercado está acarretando desemprego no estado. Estimamos que cerca de 18 mil empregos já tenham sido comprometidos”.