Vivaldo José Breternitz
Em 1997, surgiu na Inglaterra a ideia do Dia Mundial Sem Carro, que acabou sendo oficializado pela União Europeia no dia 22 de setembro.
O objetivo da data é conscientizar as pessoas acerca dos impactos dos automóveis sobre o meio ambiente, em especial na qualidade do ar, seriamente prejudicada pelos impactos decorrentes da queima de combustíveis fósseis.
É uma bela ideia, a ser comemorada por eventos realizados em 51 países, mas seus efeitos práticos ainda são muito pequenos. Talvez em função do nível de educação mais elevado de seus habitantes e da disponibilidade de transporte público de boa qualidade, esses efeitos concentram-se em pequenas cidades daquele continente. Além disso, em cidades pequenas fica mais viável utilizar bicicletas ou mesmo caminhar, deixando os automóveis de lado com mais frequência.
Dentre esses eventos, destacam-se aqueles destinados à conscientização das populações, especialmente crianças, acerca da importância do tema, por meio de exposições, palestras, jogos e espetáculos.
No Brasil, pouco se fala sobre o assunto. Especialmente em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, questões como as ligadas à baixa qualidade e disponibilidade dos transportes públicos, segurança e distâncias a serem percorridas, tornam o uso do automóvel uma necessidade para todos aqueles que tem acesso a ele.
A tecnologia da informação tem viabilizado algumas melhorias na área, especialmente pelo uso compartilhado de veículos e pela adoção de veículos elétricos, cujo número, entre nós, ainda deve demorar para ser significativo; além disso, a crise hídrica preocupa em termos da disponibilidade de eletricidade para abastecê-los.
De qualquer forma, utilizar a data, inserida na Semana Nacional de Trânsito como forma de fomentar a discussão do assunto e melhorar as condições atuais, é sempre uma boa ideia.
Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.