Expectativa de crescimento do Setor Automotivo em 2017 é confirmada
A volta do Crescimento – A saída da crise, o ano da retomada, a virada na economia. Quando 2016 terminou, a expectativa era de que o ano seguinte trouxesse ânimo e um novo cenário ao Setor de Reposição e ao País. E, dentro do possível, foi o que ele trouxe.
O segmento de autopeças, desde o fornecimento às montadoras até as vendas ao consumidor final, teve números mais positivos que os períodos anteriores. O aumento na produção de veículos novos, volume crescente em vendas de usados e grandes Feiras da reposição elevaram 2017 ao patamar que se esperava: o ano da recuperação.
O ano de 2017 foi muito menos conturbado politicamente do que seu antecessor, o que, junto às medidas econômicas, trouxe o retorno da confiança dos investidores, criando assim um cenário positivo aos investimentos e à retomada que o Setor Automotivo e o Segmento de Reposição precisavam. Feiras como Automec – maior Feira da Reposição na América Latina – e Autonor foram o retrato do ano com públicos e volumes de negócios que bateram recordes.
A maior parte das projeções econômicas para 2017 foram alcançadas. Indicadores como crescimento da produção de veículos novos, aumento da exportação e diminuição da ociosidade nas fábricas representaram o fim de um ciclo de crise e recessão. Prévias dos resultados finais, ainda a serem confirmados pelas entidades responsáveis, apontam aumento na frota e na produção e comércio de autopeças.
O aumento real do Setor de Autopeças deve ficar entre as projeções, feitas ainda em 2016, pela Anfavea, de crescimento de 9% e a do Sindipeças, de 2,7%. A primeira revisou sua expectativa de crescimento ao longo do ano e acredita que 2017 tenha fechado com crescimento de 7,3%. Para 2018, Antonio Megale, presidente da Anfavea, não especulou números, mas acredita em crescimento ainda maior.
Os últimos 12 meses
Janeiro
2017 começou com boas notícias para o Setor de autopeças. Em janeiro, o faturamento líquido nominal da indústria de autopeças foi 13,86% maior que o registrado em igual mês de 2016. As vendas para montadoras, 60,7% do total no primeiro mês do ano, cresceram 28,25%. Os negócios para a reposição e intrassetoriais aumentaram 6% e 27,13%, respectivamente.
Fevereiro
O ano de 2017 foi mais tranquilo do que seu antecessor, porém, fevereiro foi um ponto fora da curva. O mês trouxe agitação em diversas camadas da sociedade, mas nada que tenha impactado na ainda sensível recuperação econômica do País. A crise na segurança em alguns estados com greve de policiais militares – destaque para o Espírito Santo -, a controversa reeleição de Rodrigo Maia a presidente da Câmara dos Deputados e a escolha de Edson Fachin como novo ministro relator da lava-jato no STF foram os principais expoentes do período.
Março
O primeiro trimestre do ano se encerrou com números acima das expectativas. O crescimento no faturamento do Setor de Autopeças, segundo o Sindipeças, foi de 15,3% na comparação com igual período de 2016. As vendas para as montadoras anotaram alta de 35,4%, na reposição 1,5% e as exportações 1,6%.
Abril
Seguindo o embalo do trimestre positivo, abril trouxe a maior Feira de Reposição da América Latina – a Automec. Foram quase 75 mil visitantes, mais de 1.500 expositores de 60 países. O evento proporcionou, entre outras atividades, Sessão de Negócios com mais de 130 reuniões entre compradores e expositores.
Maio
Os resultados do primeiro trimestre foram bons, mas o mês de maio mostrou que o segundo poderia ser ainda melhor. Segundo o Sindipeças, as vendas líquidas nominais da indústria de autopeças no acumulado dos primeiros cinco meses do ano cresceram 16,2% sobre o registrado em igual período de 2016. Destaque para o nível de utilização da capacidade (ociosidade) que passou de 61% em abril para 66% em maio, o maior grau de utilização desde maio de 2015 e ao nível de emprego, quando novas vagas foram abertas. Pela primeira vez desde março de 2014, a oferta de empregos foi superior à verificada em igual mês do ano anterior.
Junho
Em junho, a confirmação. Como esperado, o segundo trimestre foi fechado com números ainda maiores que os do primeiro. De janeiro a julho, o crescimento foi de 17% em relação ao mesmo período de 2016. Dessa vez, o destaque foi por conta das exportações e do comércio com as montadoras. Foram US$ 993 milhões (equivalente a R$ 3 bilhões no período) vendidos ao exterior e acréscimo de 33% no fornecimento às fabricantes de automóveis.
Julho
O mês apresentou cenário mais positivo. O FMI – Fundo Monetário Internacional – revisava a previsão de crescimento econômico do Brasil de 0,2% para 0,3%. Com a aprovação da Reforma trabalhista pelo Senado, o mercado adotava um tom otimista.
Agosto
Nas ondas de uma retomada que o Setor Automotivo vinha tendo em agosto, algumas montadoras anunciaram importantes investimentos no Brasil. A GM apresentou um plano para investir R$ 1,4 bi no Complexo industrial de Gravataí, RS. A Renault também anunciou que o Complexo Ayrton Senna, localizado em São José dos Pinhais, PR, receberia a importância de R$ 750 mi para a ampliação da linha de produção.
Setembro
Com mais de 38 mil presentes, a nona edição da Autonor foi mais uma a deixar claro o momento positivo do Setor de Reposição. Mais de 700 marcas foram expostas e a Feira teve R$ 42 milhões em negócios. Entre os dias 13 e 16 de setembro, Olinda (PE) foi a capital da autopeça no Brasil, reunindo fabricantes, distribuidores, lojistas e aplicadores de todos os cantos do país.
Outubro
Se 2017 pudesse ser definido em um mês, o melhor candidato seria outubro. Os números foram positivos em todos os aspectos. Na comercialização de veículos, foi o primeiro resultado positivo somando todos os segmentos. Na produção, ainda no décimo mês do ano, as montadoras já haviam batido 2016 e quebraram uma queda consecutiva que vinha desde 2013. De janeiro a outubro, foram montadas 2,236 milhões de unidades de carros, caminhões e ônibus.
Novembro
Anunciada em dezembro de 2016 como “um belo presente de Natal ao povo” pelo presidente Michel Temer e, aprovada em agosto deste ano, a Reforma Trabalhista entrou em vigor em novembro de 2017. Os principais pontos foram elogiados por entidades e empresários e visto pelo setor como uma segurança jurídica necessária nas relações de trabalho. A expectativa é que gere menos custos aos empresários e mais postos de trabalho.
Dezembro
O último mês do ano foi marcado por solenidades e confraternizações. Eventos como a Copa NGK de Futebol, no Rio de Janeiro, o II Encontro de Representantes, Distribuidores e Varejistas, realizado pelo Brasil Peças, e a premiação pelo Sindirepa-RJ aos fabricantes e empresas do Setor que mais se destacaram em 2017 fecharam com chave de ouro um ano que trouxe de volta um viés de alta para o mercado de autopeças.
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