No fim de julho, o Sindipeças divulgou os dados de sua pesquisa sobre o setor. Elaborada a partir de informações de suas empresas associadas, os resultados acumulados até maio, apontam, segundo a entidade, que o faturamento líquido nominal do setor recuou 8,7% com relação aos valores efetivados de janeiro a maio de 2015.
O pior desempenho no período foi nas vendas para as montadoras. A queda nesse caso chegou a 17,1%. Essas perdas foram compensadas, em parte, pelos negócios nos segmentos de reposição e intrassetorial, que cresceram, respectivamente, 1,6% e de 6,4% no mesmo período.
O maior destaque positivo de janeiro a maio, no entanto, pode ser observado nos portos. As exportações de autopeças nacionais cresceram 5,4% em reais, ainda que o resultado convertido para dólares represente recuo da ordem 17,3%.
O emprego no setor decresceu 16,2% e a capacidade ociosa avançou 14,9 pontos porcentuais no acumulado do ano. Em maio o setor utilizou somente 48,4% de sua capacidade, a menor ocupação mensal neste ano.
Dentre os indicadores de maio, chama atenção a participação de 58% das montadoras nas compras de autopeças, a maior ao longo de 2016. A fatia tem crescido mês a mês: foi de 53,7% em março e 55,2% em abril. Na comparação com abril o faturamento com as entregas OEM também foi 5,4% maior.
No começo deste mês o Sindipeças reviu suas projeções para o ano. O faturamento nominal do setor, calcula agora a entidade, pode alcançar R$ 63 bilhões, queda de 4,5% sobre o resultado do ano passado.
A balança comercial das autopeças, embora ainda deficitária, tem apresentado evolução favorável, sobretudo pela queda das importações. A estimativa é de que o saldo feche negativo em US$ 4 bilhões, com as exportações atingindo US$ 7,95 bilhões, 5% a mais, e as importações recuando cerca de 9%, para US$ 11,97 bilhões.