Ao iniciar as vendas no Brasil da nova geração do Leaf elétrico na primeira metade de 2019, a Nissan pretende já ter definido um destino para as baterias após seu descarte, principal preocupação dos ambientalistas. Uma das alternativas é usá-las para armazenar energia e atender comunidades remotas onde a eletricidade não chega.
No intuito de encontrar soluções, a Nissan firmou parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para estudar as aplicações possíveis. A empresa vai fornecer inicialmente seis baterias de modelos Leaf que foram usados como táxis em São Paulo e no Rio de Janeiro em testes de 2012 a 2016.
Embora descartadas nos automóveis, onde têm vida útil de cerca de oito anos, as baterias seguem com grande capacidade de carga e podem ser usadas para geração de energia de maneira independente da rede elétrica convencional, informa o presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva.
Segundo ele, a UFSC já desenvolve projetos de reutilização de baterias de lítio, embora não automotivas, por isso foi escolhida para a parceria. “Vamos encontrar uma segunda vida para a bateria e, futuramente, uma terceira vida”, diz o coordenador do Laboratório Fotovoltaica da UFSC, Ricardo Rüther.
Essa terceira fase seria desmontar e retirar os materiais nobres – lítio, cobalto e níquel – para outras finalidades. A UFSC trabalha há três anos com baterias de lítio novas que são abastecidas com energia solar e usadas na universidade. Também tem um ônibus para uso interno movido 100% a bateria com energia solar.