O mercado brasileiro de veículos elétricos possui alguns desafios para se desenvolver, como investimento em infraestrutura e redução do preço dos veículos, além de, claro, convencer o consumidor a derrubar alguns preconceitos. Atualmente, o país que mais vende carros elétricos é a China, representando 57% da frota mundial, seguida pelos Estados Unidos. Já no Brasil, em 2017, mais de 3.200 veículos híbridos foram emplacados e espera-se que esse número cresça, porém, o avanço será gradativo.
Um dos fatores complicadores para o crescimento da frota é o custo dos veículos, ainda distante da realidade do carro popular brasileiro. Uma boa ajuda para melhorar o cenário vem do projeto Rota 2030, aprovado em julho deste ano, que define metas obrigatórias de eficiência energética, segurança veicular e investimento em pesquisa e desenvolvimento. O documento também prevê a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para os veículos híbridos e elétricos. O programa deverá durar 15 anos, com três ciclos de investimentos, programados para começar em 2019. Com isso, o Governo concederá até R$ 1,5 bilhão por ano em créditos às montadoras, que devem investir em novas tecnologias até 2033.
Uma das montadoras que já se destaca nessa frente de avanços é a Volvo, que pretende vender um milhão de híbridos, plug-ins ou totalmente elétricos até 2025. Ainda este ano, a montadora deverá lançar no mercado brasileiro as versões híbridas do XC60 e do S90. O primeiro (XC60) é o utilitário esportivo mais vendido da história da Volvo no mundo. Já o S90 T8 é um sedã de grande porte. Ambos serão equipados com a motorização T8, que combina um motor a combustão a gasolina (320 hp) a outro elétrico (87 hp). Juntos, geram 407 hp.
“A Volvo Cars assumiu o papel de transformadora da indústria em vários aspectos e foi a primeira fabricante de veículos global a anunciar, em julho de 2017, a eletrificação de toda a sua gama de veículos. Essa iniciativa estará no centro de seus negócios futuros, tanto que, a partir de 2019, a fabricante sueca lançará apenas veículos que contem com algum tipo de eletrificação”, conta Leandro Teixeira, diretor de marketing da Volvo Cars Brasil.
A empresa também acredita que os motores elétricos são essenciais para um novo capítulo na história automotiva, no qual cuidar do meio ambiente também é prioridade. “Trata-se de um caminho sem volta, as pessoas exigem cada vez mais carros eletrificados e queremos responder às necessidades atuais e futuras dos consumidores. A eletrificação dos carros caminha mais rapidamente em mercados mais maduros, mas acreditamos que o Brasil não deve ficar de fora dessa nova tendência mundial”, explica o executivo.
Avançando ainda mais nessa linha, a fabricante sueca se comprometeu, em junho deste ano, a erradicar os plásticos descartáveis em todas as suas instalações e eventos até o final de 2019. “O cuidado com o meio ambiente é um dos valores centrais da Volvo, que continuará a buscar novas maneiras de incorporar isso ao seu negócio. A ambição da marca em relação ao uso de plásticos reciclados é um exemplo desse compromisso e se trata da declaração mais progressista em torno do uso desse material por qualquer fabricante automotivo premium. Uma das iniciativas da empresa é minimizar sua operação ambiental global, tanto em suas operações como nos produtos “, complementa.
“No futuro, não haverá carros Volvo sem algum tipo de eletrificação, então toda a nossa empresa está mobilizada para que todos, da montadora aos concessionários, estejam prontos”, revela o diretor de marketing da Volvo Cars Brasil.