Suspensão de contratos – A Mercedes-Benz fechou 1,4 mil vagas na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em meados de setembro. Com a medida, a montadora reduziu o quadro de pessoal em 15%.
A próxima etapa prevista, é a suspensão dos contratos de cerca de 500 trabalhadores. O novo lay-off começa neste mês e vai até fevereiro de 2017.
Segundo a montadora, a medida é necessária pois, apesar das dispensas, a fábrica segue com excedente de pessoal, porque opera com 50% da capacidade.
A ideia é administrar a ociosidade até o mercado iniciar uma retomada, o que é esperado pelo presidente da Mercedes no Brasil, Philipp Schiemer, para o começo de 2017.
Dos funcionários que deixaram a unidade do ABC, 1.047 saíram por meio de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), que pagou R$ 100 mil extra a cada um deles, além das indenizações normais. Outros 370 foram demitidos, pois a meta da empresa era de 1,4 mil adesões.
Nos últimos três anos, a mão de obra do grupo – que inclui outra fábrica de caminhões em Juiz de Fora (MG) e o centro de distribuição em Campinas (SP) – foi reduzida em mais de 3 mil funcionários.
Desde 2014, a empresa abriu vários PDVs, além de ter adotado medidas de flexibilização como lay-off e Programa de Proteção ao Emprego (PPE).
Hoje, a Mercedes emprega 10,9 mil pessoas, incluindo os contratados para a unidade de Iracemápolis (SP), inaugurada em março.
A fábrica de carros de luxo é a exceção no grupo, pois vai ampliar seu quadro em cerca de 60 pessoas para iniciar a produção de um segundo modelo no próximo mês, o utilitário GLA, além de inaugurar a área de pintura.
A unidade produz atualmente o sedã Classe C, tem capacidade para 20 mil veículos por ano e emprega 400 trabalhadores.