A Nissan alcançou os 300 mil carros produzidos em Resende (RJ). A unidade foi inaugurada em 2014 com investimento de R$ 2,6 bilhões. Depois disso recebeu outros R$ 100 milhões para a produção de motores 1.0 de três cilindros, mais R$ 750 milhões para a nacionalização do Kicks, responsável pela nova marca alcançada.
O utilitário esportivo é montado na unidade desde maio de 2017 e terminou 2018 como o terceiro SUV compacto mais vendido do Brasil, com 46,8 mil unidades, apenas 2,1 mil a menos que o líder do subsegmento, o Hyundai Creta. Foi o hatch March que inaugurou a fábrica em 2014. Em seguida veio o sedã Versa. Mas nenhum dos dois tem vendas expressivas com as do Kicks. O March fechou 2018 com 11,9 mil unidades, abaixo do Ford Fiesta (14,5 mil), que é maior e mais caro.
O Versa terminou o ano passado em uma posição um pouco mais cômoda, com 28 mil unidades e o sexto lugar entre os sedãs pequenos, mas ainda assim muito distante do Chevrolet Prisma (71,7 mil) e do Ka sedã (39 mil), primeiro e segundo colocados do segmento.
A Nissan também produz motores no complexo de Resende. A marca de 300 mil unidades foi atingida pouco antes, em dezembro. Essa diferença de um mês se deve ao período em que Resende acelerou a fabricação de motores 1.6 flex para poder enviá-los ao México, que os instava nos Kicks vendidos no Brasil antes da nacionalização.
Além do Brasil, a fábrica do sul fluminense fornece carros para a Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Panamá, Peru, Paraguai e Uruguai. O Complexo Industrial de Resende responde por um ciclo de produção completo. As atividades na unidade vão desde a área de estamparia até as pistas de testes, passando pela chaparia, pintura, injeção de plásticos, montagem e inspeção de qualidade, além da fábrica de motores.