No mercado interno, produção e venda de caminhões têm resultados fracos
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) revisa projeções dos resultados da indústria automobilística para 2017, principalmente por causa das exportações. As vendas para o exterior devem crescer 35,6% neste ano, o que representará um total de 705 mil unidades vendidas para outros países. Anteriormente, a estimativa era de uma expansão de 7,2%. Com isso, a expectativa de crescimento da produção também deu um salto, de 11,9% para 21,5%. Devem ser fabricados 2,62 milhões de veículos até o fim do ano.
O primeiro semestre de 2017 já foi de recorde nas exportações. Foram comercializadas 372,6 mil unidades, o maior número já registrado pela indústria automobilística brasileira para um período de seis meses. O resultado foi 57,2% maior que de janeiro a junho do ano passado.
O mercado interno, por sua vez, avança devagar. Mas a expectativa é de melhora nos indicadores. Em junho, o licenciamento de autoveículos ficou em 195 mil unidades, praticamente estável sobre as 195,6 mil vendidas em maio e maior em 13,5% que no mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre deste ano, 1 milhão de unidades foram comercializadas, crescimento de 3,7% ante 2016.
Caminhões e ônibus: mercado segue enfraquecido
Em seis meses, foram vendidos 21,5 mil caminhões, queda de 16,1% na comparação com o primeiro semestre de 2016. Somente em junho, foram comercializadas 4,2 mil unidades, 2,8% a mais que em maio e estável com relação ao mesmo mês do ano passado.
Os fabricantes de caminhões produziram, em junho, 6,8 mil unidades, 10,3% a menos que em maio deste ano e 22% a mais que em junho de 2016. No semestre, 36 mil caminhões saíram das linhas de montagem, o que significa expansão de 15,3% frente ao mesmo período do ano passado.
As exportações, por sua vez, aumentaram 62% em junho, na comparação com junho do ano passado, com venda de 2,8 mil. Em comparação ao mês de maio, o crescimento foi de 9,9%.
As vendas de ônibus foram de 1,3 mil unidades, crescimento de 27,6% no comparativo com junho de 2016 e de 17,4% contra maio deste ano. No semestre, o resultado apresenta retração de 13,8% em relação ao mesmo período de 2016.
Fonte: CNT