
Um sempre sereno presidente do Sindipeças, vê com até espantosa tranquilidade o atual cenário indefinido para o Rota 2030, Dan Ioschpe, ainda que o grupo de número um formado para estruturar os pilares de uma nova política automotiva, de total de seis, tenha tratado justamente do tema Cadeia de Autopeças.
Em seu entendimento, inclusive, pode até ser que tenha sido melhor assim: “Pior seriam deliberações malfeitas para abrigar um calendário artificial. É melhor ter tempo para estudar com a devida cautela todos os aspectos técnicos e impactos das medidas”.
Um óbvio impacto da ausência de política industrial automotiva no início deste ano, sem que se tenha absoluta certeza de quando ela virá ou mesmo se virá, é a inexistência de qualquer mecanismo determinante ou obrigatório envolvendo certo volume de compras locais de autopeças – lembrando que esta era uma das principais determinações aplicadas pelo Inovar-Auto para que as montadoras ficassem livres de arcar com um IPI majorado em 30 pontos porcentuais.
Mas Ioschpe não acredita que o Rota 2030 ou sua ausência farão diferença neste ponto específico – e pertinente. Ele contextualiza a situação atual considerando antes que “o Inovar-Auto não foi um regime desafiador para quem já fabricava veículos aqui sob o ponto de vista de compras locais. Ele foi desenhado à luz e semelhança da indústria naquele momento, partindo-se dos índices de nacionalização que já haviam naquele momento”.
O raciocínio do presidente do Sindipeças, portanto, aponta que “nada mudou no sentido de compras locais. As empresas não precisaram aumentar em nada seus volumes nacionalizados [devido ao Inovar-Auto] porque a referência partiu do que já era feito”.
O dirigente, assim, não vê no fim do Inovar-Auto e na temporária ou até alongada ausência do Rota 2030 um convite automático para que as montadoras aumentem seus índices de peças importadas. “Nunca nos preocupamos em deter importações de autopeças. Temos inclusive uma série de etapas na cadeia que O raciocínio do presidente do Sindipeças, portanto, aponta que “nada mudou no sentido de compras locais. As empresas não precisaram aumentar em nada seus volumes nacionalizados [devido ao Inovar–Auto] porque a referência partiu do que já era feito”.
Fonte: AUTODATA – ESPECIAL ROTA 2030