Os resultados apresentados no relatório, divulgado pelo Sindipeças em meados de julho se referem ao período entre janeiro e maio.
De acordo com dados do último relatório apresentado pelo Sindipeças, as vendas líquidas nominais da indústria de autopeças no acumulado dos primeiros cinco meses do ano cresceram 16,2% sobre o registrado em igual período de 2016. O levantamento é mensal e realizado com 64 empresas associadas à entidade que respondem por 32,2% do faturamento total da indústria de autopeças no Brasil. O aumento ocorreu em todos os segmentos de mercado, com exceção das exportações em reais, que caíram 12,95%, embora tenham crescido 3,74% se aferidas em dólares. O nível de utilização da capacidade passou de 61% em abril para 66% em maio deste ano, o maior grau de utilização desde maio de 2015. Quanto ao nível de emprego, novas vagas foram abertas em maio. Pela primeira vez desde março de 2014, a oferta de empregos foi superior à verificada em igual mês do ano anterior.
Faturamento teve aumento tímido
O faturamento nominal do setor de autopeças no segmento da reposição cresceu 0,71% no acumulado de janeiro a maio, sobre igual período de 2016. Esse resultado foi inferior ao considerado até abril, quando a receita havia subido 1,7%. Em maio, especificamente, comparado ao mês anterior, houve aumento de 3,9%: alta de 3,5% para a linha leve e de 5% para a pesada, segundo levantamento feito com empresas associadas ao Sindipeças que fornecem para o mercado de reposição. No Relatório do Mercado de Reposição, além da análise dos números, podem ser consultados também indicadores de consumo de combustível, fluxo em rodovias com pedágio e serviços de transporte.
Déficit na balança de autopeças persiste
De acordo com o MDIC – Ministério de Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior -, os embarques brasileiros de autopeças, para 174 mercados, totalizaram US$ 3,41 bilhões no acumulado de janeiro a junho, com crescimento de 5,9% sobre o registrado em igual período de 2016. As importações, vindas de 141 locais, subiram 10,3% e alcançaram o total de US$ 6,06 bilhões. Com esses resultados, o déficit do País em autopeças aumentou 16,6% no período e chegou a US$ 2,65 bilhões, segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços consolidadas pelo Sindipeças. A Argentina ocupa o primeiro lugar na lista de destinos de nossas exportações e os Estados Unidos, o topo no ranking de origem das importações.