O Brasil tem um dos agronegócios mais avançados do mundo. Toda a adversidade superada pelo setor elevou sua postura e sua visão para buscar, cada vez mais, desenvolvimento e produtividade, por meio da aplicação de novas tecnologias, de pesquisas e de inovação. Na avaliação de Marcello Brito, presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), o setor sempre superou as adversidades, conseguindo crescer, por exemplo, com um índice de inflação de 30 por cento. Isso porque quem faz o caminho é a sociedade, que se dedica e trabalhar para realizar suas atividades, independentemente do Governo.
“Temos uma oportunidade de crescer por meio dos desafios impostos pelas mudanças climáticas e pelo aquecimento global”, disse Brito, durante o Workshop de Jornalistas 2021 – Pós Congresso Brasileiro do Agronegócio. A seu ver, o país pode desenvolver toda sua potência agroambiental, se tiver o carimbo da Amazônia preservada. “Sou otimista e tenho a certeza de que o desmatamento ilegal vai acabar. Com isso, não haverá agro no mundo como o nosso e não será possível competir com nossas vantagens, como o estoque de carbono e o pagamento por serviços ambientais”, acrescentou.
Brito reconheceu que o país tem dificuldades para serem vencidas, como a maior interação entre a sociedade civil organizada, iniciativa privada e governo; a disparidade entre a governança corporativa privada e a governança pública; e o ritmo menos acelerado para diminuir o desequilíbrio social do Brasil, que foi acentuado durante a pandemia do novo coronavírus. “Mesmo que a velocidade não esteja como gostaríamos, o caminho está correto”, pontua.
Por fim, ele comentou que 58% da indústria processa tudo o que o agronegócio produz e esse percentual era feito pelos Estados Unidos há alguns anos. Isso significa, segundo o presidente do Conselho Diretor da ABAG, que o Brasil tem a oportunidade de agregar mais tecnologia e industrialização, que irá se traduzir em mais geração de emprego, renda, melhores condições educacionais e uma vida melhor para o brasileiro.
O Workshop de Jornalistas 2021 – Pós Congresso Brasileiro do Agronegócio é uma iniciativa da ABAG e contou com as palestras da Embrapa Soja; Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV) e National Wildlife Federation (NWF) e o apoio da Cooxupé.
Programa Soja Baixo Carbono irá valorizar soja produzida com tecnologias sustentáveis
A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), com o apoio da Embrapa, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV) e National Wildlife Federation (NWF) promoveu, nesta sexta-feira, 10 de setembro, o Workshop de Jornalistas 2021 – Pós Congresso Brasileiro do Agronegócio, para debater temas relevantes para o setor como a Sojicultura e a Descarbonização. Esta temática foi apresentada pelo chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Lima Nepomuceno.
O Programa Soja Baixo Carbono (SBC), iniciativa coordenada pela Embrapa Soja, está congregando diversos atores da cadeia produtiva para definir as etapas de construção da iniciativa, que teve início em abril e será concluída em 2023. “O objetivo é que o Programa SBC ateste a sustentabilidade da produção de soja brasileira, tornando tangíveis aspectos qualitativos e quantitativos do grão, produzido com tecnologias e práticas agrícolas que reduzam a intensidade de emissão de gases de efeito estufa (GEEs)”, enfatiza o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.
O Programa SBC permitirá a identificação da soja produzida sob um conjunto de práticas culturais e de tecnologias, que tornem o processo mais eficiente – por unidade de carbono equivalente (C-CO2) emitida – em relação ao que existe disponível no mercado global. “É importante ressaltar que a SBC buscará fomentar a redução das emissões de GEEs sem deixar em segundo plano o aumento de produtividade, necessário para atender à crescente demanda mundial pelo grão”, ressalta.
De acordo com Nepomuceno, o conceito está sendo pautado na mensuração dos benefícios e na certificação das práticas de produção que comprovadamente tenham baixa emissão de GEEs. O Programa SBC utilizará uma metodologia brasileira, baseada em protocolos científicos validados internacionalmente, a partir de critérios objetivamente mensuráveis, reportáveis e verificáveis. A certificação da soja brasileira será voluntária, privada e de empresas especializadas (certificação de 3ª parte).
A definição dos princípios, diretrizes, critérios, práticas agrícolas e indicadores a serem seguidos para produção da SBC será conduzida, sob a coordenação de um comitê gestor, e seguirá padrões internacionais de preparação de normas. “A construção metodológica do Programa SBC está envolvendo o levantamento, análise e compilação de dados científicos disponíveis na literatura, com a posterior discussão e validação públicas”, comenta Nepomuceno.
Mais informações estão disponíveis na publicação do Programa SBC – Soja Baixo Carbono: um novo conceito de soja sustentável e no vídeo.
1) Acesse a publicação: https://www.embrapa.br/en/soja/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1131669/programa-sbc—soja-baixo-carbono-um-novo-conceito-de-soja-sustentavel
2) Acesse o vídeo: https://youtu.be/C9CDNF5mg5U
Assessoria de Imprensa – Embrapa
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