Brasil e a Alemanha firmaram um acordo de cooperação técnica, no mês de março, para aprimorar o desenvolvimento e a implantação de veículos elétricos.
O projeto de 4 anos de duração vai receber o investimento de 5 milhões de euros do Ministério de Cooperação Internacional e Desenvolvimento Econômico da Alemanha (BMZ).
Dentre as ações previstas estão a criação de diretrizes para linhas de financiamento, apoio à disseminação de tecnologias inovadoras, bem como consultoria ao governo brasileiro, associações e representações do setor privado sobre a gestão da frota de veículos elétricos e híbridos.
“A Alemanha já possui ‘know-how’ em tecnologias de propulsão mais eficientes.
A contribuição deles vai ser de extrema importância para o desenvolvimento de políticas públicas e criação de novos modelos de negócios”, afirmou Margarete Gandini, diretora do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que coordenará a parceria.
Em 2015, o governo federal zerou o imposto de importação para veículos equipados com motores elétricos, que tinham alíquota de 35%. Híbridos já tinham alíquota entre zero e 7%, dependendo da cilindrada e da eficiência energética. Só estão contemplados os que podem levar até 6 pessoas e cujo motor a combustão não seja maior do que 3.0 litros.
Frota pequena
A frota de carros “verdes” ainda é bem pequena no Brasil. Segundo levantamento da Associação Brasileira do Veículo Elétrico feito em setembro último, o país conta com cerca de 3 mil veículos elétricos e híbridos. A frota total do país, na época, era de 89,7 milhões de veículos, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Atualmente, apenas um modelo de carro elétrico, o compacto BMW i3, é comercializado no país. Há 5 modelos de carros híbridos: o sedã Ford Fusion Hybrid, o hatch Toyota Prius, o Lexus CT200, o Mitsubishi Outlander PHEV e o esportivo BMW i8, todos com preço acima de R$ 100 mil.