McKinsey acredita no crescimento da frota de elétricos e um mercado de US$ 65 bilhões para esse tipo de veículo
14 de março de 2023 — O C-MOVE 2023 é o Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos, realizado para discutir os rumos da eletromobilidade no Brasil. Acontecendo nos 7 e 8 de março, no Brasil 21 Cultural, Brasília (DF), reuniu técnicos, Poder Público, indústria e toda a cadeia relacionada. Entre os destaques, o fato de que a adoção de veículos elétricos nas ruas brasileiras pode ser extremamente rentável ao País.
“A transição energética na mobilidade beneficia muito o Brasil e a sociedade. Além de ganhos sensíveis no cotidiano das cidades, com níveis menores de emissão de gás carbônico e de poluição sonora, haverá possibilidade de desenvolvimento de negócios em áreas como mercado de carbono, infraestrutura de carregamento, serviços de compartilhamento, locação de veículos e baterias e muitos outros negócios que podem ser criados a partir da eletrificação”, analisa Ricardo Guggisberg, Presidente do IBMS – Instituto Brasileiro de Mobilidade Sustentável e da MES Eventos, organizadora do C-MOVE.
Conforme disse Rodrigo Rollemberg, Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, caso seja aprovada uma lei que regulamente o mercado de carbono, o País pode ter ganhos de até US$ 120 bilhões até 2030.
“A bioeconomia será uma de nossas prioridades. Quero aproveitar e fazer um convite para que o IBMS participe das discussões no Congresso Nacional, já que é estratégico para o País que aprovemos uma lei que regulamente o mercado de carbono”, afirmou na solenidade de abertura do evento.
Mercado de US$ 65 bilhões
Ainda assim na plenária “Estudo Inédito McKinsey – Acelerando a Mudança Rumo à Mobilidade Sustentável no Brasil”, Daniele Nadalin, Senior Manager da empresa, destacou que o mercado de veículos elétricos deve manter forte crescimento nos próximos anos, especialmente com o desenvolvimento da tecnologia de baterias e estações de carregamento. De acordo com o estudo a frota de automóveis e comerciais leves brasileira deve atingir 11 milhões de unidades em 2040, o que representaria mais de 20% da frota circulante atual e um mercado de US$ 65 bilhões.
Assin entre as explicações para a projeção, Nadalin destacou o fato de que o brasileiro tem grande preocupação com questões de sustentabilidade. Este também se importa com melhora de competitividade dos custos de propriedade de veículos elétricos em relação a modelos similares à combustão. Conforme ele, dependendo do uso, em poucos anos já será mais vantajoso ter um elétrico na garagem.
“Um modelo elétrico de entrada e de uso intensivo, em dois anos, já deve ter um custo de propriedade menor do que o equivalente à combustão. Já em modelos de uso pessoal e de uso menos intenso, deve demorar de cinco a seis anos para que o modelo elétrico fique mais vantajoso”, afirmou em sua palestra.
DME (Dia da Mobilidade Elétrica)
Além disso os participantes puderam participar do DME, que incluiu uma carreata de veículos elétricos, com modelos da GWM, Fiat, Volvo e Peugeot. Também forom expostos ônibus da Eletra e Tevx Higer. Assim o DME foi idealizado para estimular o debate e difundir os benefícios da eletrificação na mobilidade urbana, com veículos HEV, PHEV e BEV .
Calendário
Confira as próximas edições do C-MOVE e do DME acontecem em Balneário Camboriú, nos dias 13 e 14 de abril.