Taxa média de desemprego cai a 9.3% em 2022, menor patamar desde 2015
A taxa de desocupação chegou a 7,9% no trimestre encerrado em dezembro de 2022, um recuo de 0,8 ponto percentual (p.p.) em comparação com o trimestre de julho a setembro. Com o resultado, a taxa média anual do índice de desemprego cai a 9.3% no ano de 2022, o que representa uma retração de 3,9 p.p. frente a de 2021, quando marcou 13,2%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (28) pelo IBGE.
O resultado anual é o menor desde 2015, mostrando que o mercado de trabalho não apenas confirma recuperação pós pandemia ,como ultrapassa o patamar pré-pandemia.
“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Em dois anos, a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5 p.p.”, calcula.
Apesar da reabilitação frente aos últimos anos, a taxa de desocupação ainda se encontra 2,4 p.p. acima do menor nível da série, apresentado em 2014 (6,9%).
Confirmando a recuperação em 2022, outros índices também se destacaram. O contingente médio anual da população ocupada cresceu 7,4% em comparação com 2021, um incremento de mais 6,7 milhões de pessoas, chegando a 98 milhões. O nível de ocupação também cresceu pelo segundo ano consecutivo, após o menor patamar em 2020 (51,2%) e registrou 56,6%, em 2022.
Número de empregados sem carteira atinge patamar recorde em 2022
A princípio o ano de 2022 também registrou aumento no número de empregados com carteira de trabalho assinada. O empego com carteira subiu 9,2% e chegou a 35,9 milhões de pessoas, consolidando a reversão da tendência iniciada em 2021.
“Embora venha crescendo nos últimos dois anos, o índice ainda não é o suficiente para atingir o patamar de 2014, o maior da série”, lembra Beringuy.
Em 2014, a estimativa média anual chegou a 37,6 milhões de empregados com carteira de trabalho no setor privado.
Trimestre encerrado em dezembro tem queda na desocupação e na subutilização
O índice do último trimestre de 2022, a PNAD Contínua divulgada mostra que a taxa de desocupação (7,9%), menor que a do terceiro trimestre de 2022. A taxa composta de subutilização (18,5%) também apresentou queda: 1,6 p.p. ante o trimestre anterior (20,1%).
Mais sobre a pesquisa
A saber a PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. Assim que a amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, na rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.
Portanto em função da pandemia de COVID-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial.
Ademais é possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181). Confira a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante. Consulte os dados da PNAD no Sidra.
8 de março de 20233 —
Leia a matéria na íntegra aqui.
Agência de Notícias IBGE