A poluição atmosférica é uma preocupante realidade em quase todas as grandes cidades do mundo. Um estudo do Instituto de Saúde e Sustentabilidade e a Escola Paulista de Medicina aponta que, se os níveis de poluição continuarem como estão, até 2025, haverá mais de 51 mil mortes na Grande São Paulo provocadas pela má qualidade do ar.
A região metropolitana da cidade mais populosa do Brasil e outros aglomerados urbanos do país são áreas extremamente afetados pelo problema. Com o objetivo de propor soluções para resolver a questão, que é uma grave ameaça à saúde pública e à qualidade de vida das pessoas, a Fiesp realizou, nos dias 7 e 8 de agosto, o seminário O Ar que Respiramos.
O encontro irá trazer especialistas no assunto e autoridades, que irão abordar novos aspectos a respeito do principal agente causador de poluição, que é a queima de combustíveis derivados do petróleo, tais como a gasolina e o diesel. Também serão discutidos os impactos gerados pelos poluentes provenientes dos transportes aéreos e marítimos, e as fontes de energia mais limpa.
O primeiro dia do evento será marcado pela palestra do especialista Paulo Saldiva, que é diretor do Instituto de Estudos Avançados – IEA/USP. Saldiva, principal estudioso brasileiro quando o assunto é poluição atmosférica, irá falar sobre os efeitos da degradação do ar para a saúde pública. A palestra do especialista será na quarta-feira (07), às 9h.
Uma das principais novidades do seminário O Ar que Respiramos será a apresentação de um sistema de sensoriamento remoto, equipamento que realiza medição feita a distância, na rua em trânsito normal, ao estilo de um radar de velocidades. A tecnologia tem a capacidade de avaliar as emissões de CO, HC, NOx e CO2 em situações de uso real, que permite a identificação de veículos com boa manutenção e emissão baixa ou com emissão muito alta para os padrões originais.