Um crescimento em três partes.
Expansão de montadoras – Desde 2003 o Brasil viveu um movimento de expansão de montadoras, junto com a construção civil, foi um dos pilares do aumento na produção no país. Em 2005, para se ter ideia, foram produzidos 1,93 milhão de automóveis.
Cinco anos depois, o número havia aumentado para 3,64 milhões durante o ano de 2010. O crescimento do segmento, visto até dois anos atrás, em 2013, foi interrompido, mas deixou um legado positivo.
Recentemente, diversas montadoras trouxeram fábricas para os estados brasileiros e fizeram lançamentos de modelos que revolucionaram o mercado.
Limitando esse número a veículos urbanos de passeio – leves, utilitários esportivos ou picapes, atualmente o Brasil conta com cerca de 25 marcas com linhas de produção. Destacam-se as tradicionais Fiat, Volkswagen, Ford e Chevrolet, com fábricas, mais de uma cada, já instaladas há anos no país.
Entretanto, durante o período de expansão do setor, novas marcas chegaram e trouxeram maior competitividade ao mercado, mais oferta de emprego à diversas regiões e aumentaram o nível de qualidade dos automóveis em circulação nas estradas brasileiras.
Os últimos anos foram divididos basicamente em três etapas. Veja como foi:
1ª Etapa
Chegada dos veículos europeus, já comuns no Brasil, mas agora com instalação de fábricas próprias para produção de alguns modelos, que inclusive passaram a figurar entre os mais vendidos pelas fabricantes.
A primeira etapa começou antes mesmo do movimento de expansão do setor automotivo.
PSA Peugeot Citroen:
– A montadora francesa iniciou sua linha de produção por aqui em 2001, na cidade de Porto Real, no Rio de Janeiro.
A capacidade de produção da fábrica é de 150.000 veículos por ano em dois turnos. Desde 2001, mais de 1,3 milhão de veículos já saíram de suas linhas de montagem.
Atualmente, o Centro de Produção fabrica os Peugeot 208 e 2008 e os Citroën C3 e AIRCROSS.
Renault:
– A Renault, também francesa, construiu um complexo automotivo, chamado Ayrton Senna, em 1998. Até hoje já foram produzidos mais de 2 milhões de unidades por lá.
Localizado em Curitiba, o complexo Ayrton Senna atualmente abriga uma fábrica de veículos de passeio (que produzem também veículos da Nissan, parceira desde 2001), com uma capacidade de produção de 320.000 unidades por ano, uma fábrica de veículos utilitários e uma fábrica de motores.
São produzidos no local veículos como o Renault Sandero, Clio, Duster e Logan.
2ª Etapa
A segunda etapa surgiu já durante o século XXI. O mercado brasileiro começou a ser mais explorado por montadoras asiáticas que quebraram um pouco o preconceito e chegaram de vez ao país.
Por aqui já eram famosas marcas como Mitsubishi, Toyota e Honda, mas as Chinesas e Sul Coreanas se tornaram cada vez mais comuns também.
Nissan:
A Nissan iniciou sua produção no Brasil em 2002 na fábrica de sua parceira Renault.
Porém, em 2014 a montadora japonesa inaugurou sua própria linha de produção, em Resende, no Rio de Janeiro.
O programa Inovar Auto, com incentivos fiscais para montadoras que produzam veículos nacionais foi uma das responsáveis pela abertura da planta.
São produzidos na planta em Resende os modelos do compacto March e do sedã Versa.
A empresa planeja para 2016 ser a principal montadora japonesa no país.
Hyundai:
– Em 2007, a montadora sul coreana inaugurou em Anápolis, Goiás, sua fábrica no Brasil. No local são fabricados os modelos Tucson e IX35.
No fim de 2012 a montadora inaugurou sua segunda planta no País. Em Piracicaba, interior de São Paulo, passaram a ser fabricados os veículos com os chassis do HB20, então lançamento, que revolucionou não só a marca, como o mercado brasileiro de automóveis.
JAC Motors:
– Último exemplo da dominação asiática nesta etapa, a fabricante chinesa chegou ao Brasil revolucionando com veículos que só eram comercializados “completos”, ou seja, nada de veículos sem itens básicos como ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos.
Outro ponto explorado pela marca era a garantia de seis anos, inédita por aqui.
Ponto negativo é a dificuldade em caso de manutenção, mas isso deve não importar tanto quando a fábrica da montadora em a planta de Camaçari, Bahia, for inaugurada.
A unidade teve a pedra fundamental assentada em novembro de 2012, com previsão de conclusão no final de 2014.
Porém, um atraso na liberação do financiamento do governo, fez com que a construção fosse adiada algumas vezes. A nova previsão é inaugurar a fábrica no final de 2016, ou no início de 2017.
3ª Etapa
A etapa mais recente da expansão do mercado automotivo brasileiro tem relação com o segmento premium. O mercado de luxo do Brasil, dominado pelas montadoras alemãs, é o que menos tem sofrido com a atual crise e as montadoras têm aumentado os lucros e os investimentos.
BMW:
– A montadora de luxo BMW inaugurou sua primeira fábrica no Brasil em 2013. A planta, localizada em Araquari, Santa Catarina, produz, por exemplo o sedã Série 3, o X1 e o X3.
A empresa apresentou crescimento nas vendas de 2015 em relação a 2014. A fabricação dos veículos no Brasil, entretanto, não tem apresentado uma queda nos preços dos modelos nacionais.
No fim do ano passado a montadora ajustou seus valores com aumentos de R$ 22 mil até R$ 42 mil.
Audi:
– A Audi inaugurou sua linha de produção no Brasil em São José dos Pinhais, Paraná, em 2015.
Na fábrica são produzidos o Sedã A3 e o utilitário Q3.
Com a inauguração da fábrica, a montadora projeta alcançar, em 2020, o número de 30 mil veículos comercializados por ano no Brasil.
Mercedes:
– A Mercedes-Benz do Brasil avança na construção de sua fábrica de automóveis na cidade de Iracemápolis, São Paulo, onde serão produzidos o sedã Classe C e o SUV GLA.
A previsão, é que a unidade fabril seja inaugurada este ano.
Expansão de montadoras Expansão de montadoras