FecomercioSP – Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas Osasco (-8%), Guarulhos (-2,9%) e Bauru (-2,8%) registraram queda no faturamento em dezembro, na comparação com mesmo mês de 2015. Os melhores desempenhos foram observados nas regiões de Marília (11%), Araraquara (9,8%) e Ribeirão Preto (7,4%).
Das nove atividades pesquisadas, seis mostraram aumento em seu faturamento real em dezembro: autopeças e acessórios (16,1%), farmácias e perfumarias (15,8%), materiais de construção (8,6%), concessionárias de veículos (7,1%), outras atividades (3,2%) e supermercados (2,6%). Essas altas contribuíram para o resultado geral com 4,0 pontos porcentuais (p.p.).
Já as retrações foram observadas nos grupos de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-10,5%), lojas de móveis e decoração (-0,7%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-0,1%), que juntos, impactaram negativamente com 1,0 p.p. para o desempenho geral.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a consolidação dos dados das vendas reais do ano confirmou integralmente as projeções de estabilidade divulgadas a partir da metade de 2016 pela Federação, quanto ao movimento do comércio no ano e a interrupção do ciclo de quedas iniciado em 2014.
Já o desempenho varejista de dezembro chegou a surpreender positivamente, de acordo com a Entidade, tanto pelo índice mensal de 3% de crescimento como por tratar-se de elemento indutor de melhores expectativas para 2017, em termos de tendência para o comércio paulista.
Expectativa
Para a FecomercioSP, a retomada da confiança continua sendo o principal elemento de sustentação da perspectiva mais otimista para 2017, mas a redução do ritmo inflacionário também acaba colaborando de forma prática para justificar a melhora observada.
Durante ciclos de queda de inflação, o sistema de correção dos salários feito tradicionalmente por índices passados maiores do que os presentes acabam provocando um ganho real no poder de compra, ainda que residual dado o atual nível inflacionário, mas decisivo para a percepção de melhoria da capacidade de consumo das famílias.
fonte : http: https://goo.gl/0uAyY2