Desoneração – O Brasil deve revogar as isenções fiscais que beneficiam fabricantes de automóveis que compram peças no país. A afirmação veio do presidente da Anfavea, Antonio Megale, no dia 19 de junho, e chega após anos de estímulos fiscais que viraram alvos de escrutínio de órgãos de comércio exterior.
Falando a jornalistas, Megale disse que as montadoras do país não poderão mais deduzir as compras de peças de automóveis produzidas localmente da alíquota de IPI nos novos regulamentos a serem adotados no final deste ano.
“Precisamos que a indústria brasileira de autopeças seja capaz de produzir competitivamente. Se for suficientemente competitivo, será capaz de produzir tanto para o mercado local quanto para as exportações“, disse ele.
A mudança ocorre após a Organização Mundial do Comércio (OMC) no ano passado condenar incentivos brasileiros para a indústria local, que teriam prejudicaram concorrentes estrangeiros e quebrado regras comerciais.
Essa política, criada em 2011, faz parte de um amplo estímulo industrial introduzido pela presidente Dilma Rousseff, que no entanto foi insuficiente para evitar que a economia caísse na maior recessão da história, enquanto as despesas do governo aumentaram.
A Anfavea apresentará propostas para substituir esse plano, conhecido como Inovar-Auto, no fim de julho, com uma versão final do plano esperado até agosto, o Rota 2030, que manterá as demandas de conteúdo local para as montadoras no país que produzem para exportação, disse Megale.
Megale acrescentou que as montadoras podem precisar de mais tempo para se preparar para um potencial acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que os diplomatas esperam ser feitos em princípio até o fim do ano.
“Se tivéssemos comércio livre hoje com a União Europeia, a indústria nacional encolheria muito”, disse ele.
Fonte: UOL Economia
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