
Tema central em debates e planos de governo nas eleições de 2018, o bolo tributário cresce ano após ano, segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Com uma antecedência de 27 dias em relação ao ano passado, o painel bateu R$ 1,9 trilhão no dia 23 de outubro. O valor abrange todos os impostos, taxas, contribuições e multas pagas pelos brasileiros para os governos municipal, estadual e federal neste ano.
“A arrecadação tem crescido, revelando que o problema não está do lado da receita, mas sim das despesas, que avançam em ritmo ainda mais veloz. O que devemos avaliar é se as estratégias pensadas pelos candidatos freiam o avanço da dívida pública, sem, no entanto, elevar a carga tributária, que em nosso País já tem um peso enorme no bolso do consumidor. Assim, o próximo governo precisa adotar medidas fiscais severas e indispensáveis quanto aos gastos públicos”, declara Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele explica que o aumento da carga tributária na passagem de 2017 para 2018 resulta da alta da inflação e do maior aumento de preços de itens com tributação elevada, como combustíveis e energia elétrica, além do reaquecimento da atividade econômica.