
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou R$ 1,2 trilhão no início de julho. Para se ter uma ideia, com o valor daria para comprar cerca de seis milhões de apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, o que iria zerar o déficit habitacional brasileiro.
O montante corresponde ao que os consumidores já pagaram em impostos, taxas e contribuições desde o primeiro dia do ano e chega 16 dias antes do que em 2017, o que denota elevação tributária na passagem de um ano para o outro. “Embora a um ritmo mais lento do que esperado, a retomada econômica está se concretizando, o que incrementa a arrecadação, notadamente nos casos do IPI, do ICM e da PIS/COFINS, que incidem sobre produtos de maior valor, como veículos e eletrodomésticos”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele elenca outras causas para o resultado: inflação na casa de 4%, garantindo elevação do bolo tributário; avanço do preço dos combustíveis, que têm grande peso na arrecadação; e redução de isenções.