Anuário da Fenabrave traz números consolidados e comparação com o período de recessão confirma subida nos emplacamentos
A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) divulgou, recentemente, a última edição do seu anuário, referente ao exercício de 2017. Após quatro anos consecutivos de queda, o cenário foi mais confortável e, apesar do crescimento não retomar o que se via antes da recessão que o Brasil enfrentou, foi um alento para o Setor Automotivo nacional. A produção de veículos puxou todos os outros segmentos envolvidos para cima.
Segundo o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Junior, afirmou na divulgação do anuário: “como vemos nesse Anuário, cuidadosamente, preparado pela MB Associados e com o total apoio e desenvolvimento da área de Inteligência de Mercado da FENABRAVE, atingimos o tão esperado ‘lado direito da régua’, passando para resultados positivos no Setor em geral”.
Com os resultados consolidados no anuário, pode-se afirmar que o mercado reagiu. Alguns segmentos apresentaram maiores avanços, a exemplo de automóveis e comerciais leves, cujas vendas cresceram 9,4%. Por outro lado, o segmento de motocicletas seguiu com fraco desempenho, apresentando queda de 14,7%. Caminhões e implementos rodoviários, assim como ônibus, reagiram a partir do segundo semestre.
Destaques Automóveis
A retomada mais sensível foi na comercialização dos veículos de passeio. O início da recuperação da economia brasileira, ao longo de 2017, associada à queda da inflação e consequente redução na inadimplência, contribuíram para a melhoria na concessão do crédito, fatores que contribuíram para a melhoria nas vendas. A expectativa, que vem sendo confirmada com o fechamento do primeiro semestre de 2018, é de continuidade do movimento de expansão neste ano.
Comerciais Leves
As vendas de comerciais leves apresentaram crescimento de pouco mais de 6% em 2017. O segmento foi menos afetado ao longo do período de queda de vendas e manteve um bom ritmo de crescimento no ano passado. A expectativa segue positiva para este ano. Neste segmento, as restrições ao crédito são menores.
Caminhões
Este mercado foi um dos mais afetados pelo desaquecimento econômico, tendo apresentado queda acumulada de 67,5% no período entre 2013 e 2016. A venda de caminhões esboçou uma recuperação em 2017, com crescimento de vendas de 3,5%, e deve melhorar, de forma importante, este desempenho em 2018, mesmo sem o retorno de programas subsidiados, como foi o PSI. A retoma da economia fará com que a demanda cresça de forma natural, seja por aumento de volume de fretes seja pela necessidade de troca em função da idade do mesmo.
Motocicletas
O mercado de motos foi o mais afetado pela crise, em especial pela dificuldade dos consumidores deste bem na obtenção de crédito. Infelizmente, 2017 não foi diferente, e o mercado ainda apresentou uma retração de 14,7%. O volume de vendas por meio do consórcio também desacelerou.