No Paraguai os fatores de produção são amplamente vantajosas para as Indústrias brasileiras, tais como Imposto único apenas na saída do bem exportado, custo de energia 70% menor, tributação no salário 65% menor e ausência de tributação sobre a renda da indústria, contando com ofertas de uma infraestrutura competitiva e completa à apenas 11 km do Brasil, e isto em um ambiente político estável e favorável ao mercado, com uma economia em crescimento de 3,5% ao ano.
Esse cenário positivo tem atraído cada vez mais as indústrias brasileiras que buscam fugir, sobretudo, da crise econômica atual. Até março, quando houve a última atualização pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), haviam 58 empresas de mudança para o país vizinho. Naquele mês, inclusive, uma das maiores empresas de brinquedos do Brasil, a Estrela, inaugurou uma unidade por lá com investimentos de 2 milhões de dólares e 200 empregados.
Outras indústrias dominantes em seus setores também estavam em processo de mudança ou expansão para o Paraguai. Na lista estão, por exemplo, a JBS, do setor de carnes, e a Riachuelo, de vestuário.
Todas são beneficiadas pela lei das maquiladoras e dispositivos complementares de incentivo a empreendimentos industriais estrangeiros, que as isentam de impostos na importação de matérias-primas e maquinários e aplicam tributação de 1% quando a mercadoria é exportada. As vantagens incluem energia elétrica 65% mais barata, tributação de 10% incidente apenas sobre o lucro e custo de mão de obra 50% menor. O crescimento do PIB acima de 3% nos últimos anos compõe o ambiente atraente para a manufatura.