Nova Geração de Autopeças – Escrevo aqui com saudades dos nossos “papos“ por meio daquela coluna, gentilmente cedida pelo jornal Brasil Peças durante anos, que tive a satisfação de utilizar para “conversar“ com amigos de tanto tempo. Hoje quero retornar a um tema que abordei há provavelmente uma década, a sucessão nas empresas. Minha “inspiração“ surge de algumas visitas que tive a oportunidade de fazer recentemente, quando e onde pude perceber, acompanhar e constatar.
Bem, a verdade é que passamos por um longo período de economia inconstante e de distorções de cunho político no campo da educação, refletindo diretamente na qualidade da formação acadêmica de muitos de nossos jovens. Isso é um fato. A queda flagrante no domínio de alguns elementos básicos que indicam o desenvolvimento acadêmico e intelectual do jovem são os próprios indicadores dessa constatação, tais como o domínio da língua portuguesa e a matemática simples e básica. Muitos jovens – a maioria, acredito – perderam oportunidades. Entretanto, esse não é o foco desse artigo. O olhar positivo de minha visão crítica do mesmo assunto se dirige aos jovens cujos pais tiveram a iniciativa, o discernimento ou mesmo a sorte de conseguir manter ou inserir seus filhos (as) dentro de um sentimento de núcleo familiar, seja junto ao mundo dos seus negócios e às suas empresas, que é o nosso caso, ou mesmo fora delas.
Não é de hoje que venho observando como tem sido conduzido o fenômeno da sucessão nas empresas de autopeças do Rio de Janeiro. Fico feliz ao reparar que já estamos na segunda geração de jovens empresários do setor, Observei também que esses sucessores são certamente mais academicamente preparados em comparação a seus pais, mas também observei neles, além da capacidade de absorver o conhecimento e a experiência vivida por seus pais, a humildade de reconhecer o que foi feito antes de suas existências. Esses jovens empresários são preparados e estão dispostos a melhorar e evoluir. Felizes e merecedores seus pais, que souberam fazer a transferência da gestão de forma equilibrada, utilizando de sabedoria para não cometer o erro de promover o filhote recém chegado a diretor da empresa. Nessas visitas e reuniões recentes tenho tido muito prazer em dialogar com essa “garotada” superantenada em tudo e que utiliza inúmeros sistemas e ferramentas simultaneamente. Tenho reparado com satisfação que o olhar de muitos desses jovens para seus colaboradores contempla não só as características funcionais de cada um em relação à empresa, mas também outras demandas e necessidades do ser humano, que não se resumem somente ao salário.
Abraços e bons negócios !!!