A Toyota realizou no início de junho um grande evento para o lançamento do Novo Prius no Brasil. O modelo é referência de tecnologia sustentável. Isto, porque o veículo é um dos pioneiros entre os movidos exclusiva ou parcialmente a motor elétrico.
Em todo o mundo, há nada menos que 5,7 milhões de unidades do Prius rodando — 63% de todos os carros da montadora nessa propulsão, que há poucos meses passou de 9 milhões de veículos comercializados no estilo. O modelo é simplesmente o mais popular entre os veículos elétricos e híbridos no planeta. O desempenho no Brasil, porém, é vexatório: a frota brasileira de Prius é 0,01% da global, sendo que nosso mercado automotivo está entre os 10 maiores do mundo — crise à parte.
Foram apenas 783 vendas desde sua chegada ao Brasil em 2013. Desses, mais de 100 são táxis na cidade de São Paulo, onde a prefeitura promoveu um programa de incentivo. De qualquer forma, o investimento na tecnologia faz parte de um plano em escala mundial de metas da Toyota para reduzir emissões de gases estufa a níveis próximos de zero até 2050. O primeiro objetivo é chegar a vendas anuais de 1,5 milhões de híbridos ao ano, com total de 15 milhões até 2020.
No Brasil, porém, é difícil mensurar uma participação relevante nessa marca. A montadora espera que nos próximos cinco anos, 30% de suas vendas no país sejam de carros verdes, algo como 50 mil dos 170 mil veículos comercializados ao ano. Apesar dos benefícios de rodar mais de 800 quilômetros por tanque, a briga é com seu valor de mercado, que leva um carro híbrido ou elétrico para longe dos patamares competitivos no mercado brasileiro. Os mais de 20 modelos desses veículos vendidos no país não saem por menos de R$ 120 mil — preço esse do próprio Prius —, sendo que poderiam custar menos que a metade do preço se aplicada uma política de impostos competitiva.