Risco fiscal e inflação – A MB Associados, consultoria econômica da FENABRAVE, disponibilizou um estudo macroeconômico com as tendências que devem marcar o ano de 2021 no Brasil e no mundo. Por aqui, o risco fiscal e a possibilidade da volta da inflação são pontos delicados. No cenário global, o fortalecimento da Ásia, a velocidade de recuperação da Europa e os caminhos que serão tomados pela gestão Joe Biden, nos Estados Unidos, seguem no radar.
Estudo da MB Associados aponta que agricultura e mineração podem puxar crescimento. Destaque também para o mercado imobiliário residencial
Para a MB Associados, o Brasil pode ter alta de até 2,8% do PIB em 2021, mas há alguns pontos de atenção que podem afetar este crescimento. O impacto do fim do Auxílio Emergencial, a permanência da forte pressão inflacionária atual, a disponibilidade de vacinas contra a COVID-19 e a maneira como será tratada a questão do orçamento federal em 2021 foram citados como peças-chave no crescimento nacional no ano que vem. “O presidente (Jair Bolsonaro) postergou a formatação do programa de renda mínima, aprovação de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e o Orçamento para 2021 para depois das eleições, aumentando a insegurança”, diz o estudo.
Entre os setores que podem liderar a alta do PIB, destacam-se a agricultura e a mineração, além do mercado imobiliário residencial, especialmente, para as classes média e alta. O setor de serviços continua com ritmo de recuperação lento, enquanto as obras de infraestrutura podem encontrar dificuldades para atrair investimentos de longo prazo. A indústria, por sua vez, deve se preocupar com a alta capacidade ociosa.
Cenário global
No cenário global, a MB Associados destaca que a Ásia sai fortalecida da pandemia, especialmente, após a assinatura do maior acordo comercial da história, o RCEP – Parceria Econômica Regional Abrangente, que reúne 15 países, 2,1 bilhões de consumidores e 30% do PIB mundial. Nos EUA, a gestão Joe Biden pode resgatar o multilateralismo, com o fortalecimento de órgão internacionais. Para a consultoria, a Europa deve ter ritmo lento de recuperação no ano que vem.
Fonte: Fenabrave