
A indústria de autopeças registra desempenho positivo este ano em todos os segmentos nos quais atua. No geral, de acordo com dados divulgados pelo Sindipeças, o faturamento líquido nominal do setor cresceu 20,3% no comparativo com 2017. A maior alta foi registrada nas vendas para as montadoras, que evoluíram 24,4% no ano.
Conforme relatório da pesquisa conjuntural divulgado pelo Sindipeças, a receita obtida com o mercado de reposição cresceu 15,5% e as exportações de autopeças em dólar tiveram alta de 19,7%. Já o faturamento com os negócios intrassetoriais, avançou 14,4%.
Outro dado a ter destaque positivo foi a capacidade ociosa no setor que chegou a 34% em maio e logo após começou a apresentar quedas indo para 30% e alcançando a mínima de 29% no ano. Confirmando o desempenho na empregabilidade, o nível de vagas criadas no Setor evolui e está 7% maior do que o apresentado no dia 31 de dezembro de 2017.
Estabilidade no crescimento marca 2018 até aqui
Segundo o Sindipeças, em julho o faturamento líquido nominal das autopeças registrou estabilidade frente ao mês anterior. Em junho, lembra a entidade a indústria tinha obtido extraordinário aumento de quase 33% em relação a maio, “compensando as perdas decorrentes da greve dos caminhoneiros”.
No comparativo de julho com junho, as vendas para montadoras e para reposição mantiveram-se praticamente estáveis, com pequena queda de 0,5% no primeiro caso e pequena alta de 0,4% no segundo. Já os negócios intrassetoriais cresceram 1,5%. A queda mais significativa se deu nas exportações.
“Os efeitos da crise na Argentina bem como a retração de alguns mercados na Europa e África fizeram as exportações, tanto em dólares como em reais, recuarem na passagem mensal, respectivamente, 5,2% e 3,8%”, informa o Sindipeças.
Destaques
Balança de autopeças
Os embarques de autopeças para 198 mercados somaram US$ 5,19 bilhões de janeiro a agosto, resultado 9,3% superior ao de igual período de 2017, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços consolidados pelo Sindipeças. As importações, de 174 diferentes origens, cresceram 15% e totalizaram US$ 9,67 bilhões. Com esses resultados, o déficit comercial em autopeças alcançou US$ 4,48 bilhões até agosto, 22,4% maior que o de iguais meses do ano passado. A Argentina mantém-se em primeiro lugar na lista de destinos das exportações e a China, no topo do ranking de origem das importações.
Gráfico
Exportação de autopeças para a Argentina cai 15,3%
Apesar do crescimento no índice geral, o maior importador de autopeças brasileiras, a Argentina, reduziu o consumo dos itens produzidos no Brasil. Em julho, foram embarcados para o país vizinho total de US$ 172,3 milhões em autopeças, 15,3% a menos do que os US$ 203,3 milhões de junho. A Argentina segue sendo o primeiro mercado comprador de autopeças brasileiras, com participação de 31% nas exportações totais do setor.
á os negócios de autopeças dos Estados Unidos para o Brasil cresceram 22,8% no mesmo comparativo – US$ 166,1 milhões contra US$ 120 milhões. O país que mais exporta peças para cá é a China, que ampliou os negócios de junho para julho em 35,8%, com total de US$ 189 milhões vendidos no mês passado.