Entretanto, balança comercial envolvendo componentes de veículos segue deficitária
Ano em crescimento – O Sindipeças, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, divulgou, no fim de março, os primeiros dados mais aprofundados sobre o Setor de Autopeças em 2017.
A Pesquisa Conjuntural apresentada pelo Sindicato, que conta com dados atualizados, apresentou os resultados referentes às vendas de componentes veiculares no mercado nacional em janeiro e à balança comercial do primeiro bimestre.
Comércio interno
O ano de 2017 começou com incremento no faturamento líquido nominal da indústria de autopeças. Em janeiro, esse montante foi 13,86% maior que o registrado em igual mês de 2016, segundo levantamento mensal com 64 empresas associadas que representam 32,2% do faturamento total da indústria de autopeças no Brasil.
Nesse cenário, destacaram-se as vendas diretas para montadoras, 60,7% do total no primeiro mês do ano, um aumento de 28,25%. A Reposição e os negócios Intrassetoriais também tiveram incremento. O Aftermarket teve crescimento de 6% e as vendas para outras fabricantes do setor subiram 27,13%.
Outro resultado positivo foi referente à capacidade produtiva. A ociosidade das fábricas diminuiu e fechou em 43%, o menor índice desde novembro de 2015.
Exportação e Importação
As exportações de autopeças produzidas no Brasil, no primeiro bimestre, tiveram aumento considerável se comparadas a igual período de 2016. Os valores das vendas de produtos nacionais para os 147 mercados onde houve negócios, somaram US$ 993,1 milhões no primeiro bimestre, valor 3% superior ao registrado no ano anterior. Ainda deve-se levar em conta na análise a variação cambial.
No ano passado o dólar comercial variava próximo aos R$ 4,00, enquanto em 2017 operou, entre janeiro e fevereiro, próximo aos R$ 3,10. Na exportação essa variação aponta uma perda de aproximadamente 20% em cima de cada operação realizada este ano.
Já nas importações, provenientes de 118 locais, houve crescimento de 22,2%, atingindo US$ 1,98 bilhão. Levando em consideração novamente o fator cambial, a condição é inversa à exportação. Pode-se dizer que cada negociação ficou cerca de 20% mais barata, o que potencializa o aumento da compra de componentes fabricados no exterior.
Com esses resultados, o persistente déficit do País em autopeças subiu 46,3%, para US$ 1,05 bilhão, em janeiro e fevereiro, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços consolidados pelo Sindipeças. A Argentina manteve-se no topo da lista de destinos de nossos embarques e os Estados Unidos, o primeiro lugar no ranking de origem das importações.