As vendas de veículos usados empacaram no primeiro semestre: todos os segmentos tiveram crescimento abaixo de 1% na comparação com os seus respectivos resultados do mesmo período do ano passado. Dados da Fenabrave, que reúne o setor de distribuição, apontam que as transferências aumentaram apenas 0,79% na primeira metade do ano na soma de leves e pesados, para pouco mais de 5,29 milhões de unidades.
No segmento leve, que considera a soma de automóveis e comerciais leves, o volume de 5,11 milhões superou em 0,80% os 5,07 milhões de um ano antes. De acordo com o relatório da entidade, deste total, 4,42 milhões de automóveis trocaram de dono, mesmo aumento de 0,82%, enquanto comerciais leves anotaram ligeiro avanço de 0,68%, para 689,6 mil unidades.
Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o mercado de usados também foi afetado pela greve. “A insegurança do consumidor fez com que ele se mantivesse cauteloso, tanto para a aquisição do veículo novo, quanto para a troca do seu usado, diminuindo tanto a oferta quanto a procura desses veículos. O mercado de seminovos [veículos com até 3 anos de uso] observou uma queda de 5,8% em junho”, afirma o executivo.
Nos pesados, o cenário não foi diferente: o volume de 188,7 mil caminhões e ônibus representou pequeno aumento de 0,59%. O resultado só não foi melhor por causa da queda de 5,2% das vendas de ônibus usados registrada no primeiro semestre. As transferências de caminhões avançaram apenas 1,44%.
O setor de duas seguiu a mesma lógica: as concessionárias registraram a transferência de 1,39 milhão de veículos nos seis primeiros meses do ano, volume que ficou apenas 0,25% acima do resultado apresentado em igual intervalo de 2017.
No comparativo mensal, de junho contra maio, todos os segmentos apresentaram queda nos volumes. Segundo a Fenabrave, a proporção com o mercado de veículos novos fechou o semestre com média de 4,3 veículos usados leves para cada novo emplacado, sendo 4,4 automóveis e 3,7 para comerciais leves. Nos pesados, a proporção fechou o período em 4,6 usados para cada novo, sendo 5 caminhões usados para um novo e três para ônibus.