O secretário especial de Comércio Exterior do Brasil e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Prado Troyjo, afirmou que nos últimos 40 anos houve uma “cacofonia” na política econômica, com ministros de um mesmo governo atuando de maneira diferente – o que segundo ele, se refletiu na política externa. Agora, declarou, o sentido é um só: o liberalismo econômico, com aumento do comércio exterior.
Troyjo revelou que o Brasil tem uma soma de importações e exportações de 25% do Produto Interno Bruto, enquanto países como China, Japão e Chile têm mais de 40%.
O secretário acredita que não é tão importante o resultado da balança comercial de outubro, que mostrou que as exportações superaram as importações em apenas US$1,2 bilhão, o pior resultado dos últimos 5 anos.
Secretário especial de Comércio Exterior do Brasil Marcos Troyjo disse ainda que o Brasil vai buscar mais resultados no Mercosul. Segundo ele, entre 2003 e 2016, o bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai funcionou de maneira ideológica.
Sem barreiras ideológicas
Tanto o presidente da Comissão de Relações Exteriores, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), quanto o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmaram que o governo atual não tem barreiras ideológicas.
Eduardo Bolsonaro explicou que existe uma relação de amizade com os Estados Unidos, mas que não existe “alinhamento a qualquer custo”. Também afirmou que o Brasil vai ter uma relação pragmática com a Argentina, onde o atual presidente, Mauricio Macri, preferido por Bolsonaro, perdeu recentemente as eleições para Alberto Fernández.
O ministro Ernesto Araújo afirmou que, no passado, prevaleceu um “indiferentismo” em relação ao destino dos países vizinhos.
OCDE
Sobre a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 36 países desenvolvidos, Carlos Eduardo Abijaodi, da Confederação Nacional da Indústria, disse que o país cumpre 32% das exigências para se unir ao bloco. | Fonte: www.camara.leg.br/