A economia brasileira registrou crescimento de 0,2% no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mês de junho, o indicador avançou 0,7% ante maio.
Segundo a FGV, a alta no 2º trimestre é explicada pelo desempenho do setor de serviços, único dos três grandes setores de atividade a apresentar crescimento no período (0,3%). Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,7%, o 10º crescimento consecutivo deste componente, e a formação bruta de capital fixo voltou a crescer (2,3%), após dois recuos consecutivos.
“O crescimento de 0,2% da economia neste segundo trimestre, segundo o Monitor do PIB-FGV, põe a economia de volta a trajetória de crescimento que havia se perdido no primeiro trimestre. Entre os três grandes setores, a agropecuária e a indústria apresentam taxas negativas, salvando-se os serviços que já apresenta taxas positivas há dez trimestres”, afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
“Na comparação contra o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento é fraco, mas positivo como já ocorre desde o quarto trimestre de 2016. Os dados mostram que, apesar do crescimento, a economia ainda não consegue se expandir a taxas mais robustas”, acrescentou.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Os números oficiais do segundo trimestre serão divulgados pelo IBGE em 29 de agosto.00:00/11:33
Economistas comenta os desafios para a economia brasileira
Maioria dos analistas vê recessão técnica como improvável
Na segunda-feira, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, uma espécie de “prévia” do PIB, mostrou que a economia brasileira encolheu 0,13% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses do ano.
Apesar dos dados decepcionantes da atividade econômica no período entre abril e junho, a maioria dos analistas trabalha com a estimativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter avançado no segundo trimestre, afastando assim o risco de entrada do Brasil em “uma recessão técnica”.
10 analistas mostra que houve revisões para baixo, mas que a maioria do mercado continua projetando um resultado acima de zero. Para o período de abril a junho, na comparação com o 1º trimestre, as estimativas vão de retração de 0,2% a crescimento de 0,5%.
Com o resultado ruim do primeiro semestre, o desempenho dos últimos seis meses de 2019 passa a ser decisivo para o crescimento deste ano e, sobretudo, de 2020.
fonte: G1.com